terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Dois Vácuos

Eu sou duas pessoas
sendo apenas uma;
nos traços de um corpo saudável
e nos pensamentos distorcidos
de uma mente que lhe falta algo.
O futuro já me foi familiar
e o presente é meu desconhecido.

29-01-2013

data que não importa no passado recente

O tempo que vai e vem lentamente assombra-me para que eu abandone tudo; a felicidade que já foi, a mágoa que ainda arde, e o que ainda não tive. Ou que, talvez, nunca terei verdadeiramente.

28-01-2013

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Psychoactive Thoughts

Wild woods
Vibrating to the psychedelic sound
Nature has been unleashed
Heads moving clouds
Paralyzed body
Hallucinated thoughts
Distorted talking
I'm feeling careless
Inside the universe which no one has seen
The magic I must witness
With my eyes closed
Flying into the void
Transcending through my mind

Exploded powder
Inhaled herbs
He speaks in foreign tongues
"Magic Mushroom!
LSD!
DMT!"
Do you realize
That you're almost dreaming?

Can you smell it?
The warm smoke flowing into your mind
Do you feel it?
Your body's entering a whole new dimension
Of colorful trips
Special tricks
And open-minded souls
With lots of psychoactive drugs to share
And I repeat
Lots of psychoactive drugs!

But not just yet
I'm simply writing about it
For when the moment of exploration arrives
I can feel my mind less stressed
And much, much excited!
Or relaxed...

25-01-2013

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Sequências de Inexistência

Ano inexistente. Dia solitário.

O Sol continua a sorrir e, também, a dormitar durante um período de tempo (quase) eterno, e a Lua permanece honesta, inocente, como é exatamente a sua luz, perfeita.

Eu fui filho de ninguém, como agora sou pai de nada. A poesia acaricia-me a alma, a natureza aquece-me o corpo e os sonhos que não tenho desaparecem comigo; na imensidão da minha mente irrealista, nos vícios do meu coração, nos olhos de pessoas que eu nunca vira antes. E devido à monotonia que a sociedade deseja importar dentro de nós, a minha liberdade quase que recusa o despertar da realidade, e assim, achamos que o que nos é dito para seguirmos é para ser seguido sem arriscarmos ultrapassar os limites, que foram silenciosamente instalados nas nossas vidas. Nos nossos corpos. Na nossa natureza. Mas a infelicidade que rege em mim não é inteiramente culpa de outro alguém, para além de ser eu o criador da minha própria culpa. E claro que sou pai de nada, ou filho de ninguém, pois nunca irei acreditar em nada ou ser acreditado por alguém, senão eu mesmo.

És tu, corpo sem rosto? És tu, sexo do oposto? És tu, desejo da minha alma, mágoa do meu passado, paixão do meu futuro? És tu que me queres só para ti, ou és tu que não me quer para nada? És tu, no topo da montanha? As pedras que caíram da mesma, ou as flores que por lá ficam, até viverem a sua vida lentamente numa emoção? Ou serás tu que nunca te vi, mas sei o quanto desejas por sentir euforia nos meus traços de imperfeição? Se és tu, verdadeiramente, então despe de mim a pele que arde, toma-me como teu e, depois de satisfeita, atira-me ao vulcão de onde saí, ao inferno a que pertenço. Mas antes disso, toma-me como teu, como tua obra de arte já perdida nas memórias de ninguém.

Um ano depois, dez anos depois, uma vida depois... o que era inexistente, jamais será relembrado, a não ser que falemos de outra coisa... outra coisa como os escritos dos meus poetas preferidos (e eu próprio quase nunca os leio, apenas imagino), os fumos das ervas naturais (que eu pacificamente espero), a música algures no ramo das árvores (aquela música que ninguém sente) e a saudade emocional em que o meu corpo quase apodrece. É exatamente isso, o meu corpo apodrece com falta de nutrição da minha alma infelizmente muito solitária. Haverá algo, vivo, disposto a ser o fruto alojado no meu peito, nos meus lábios e no meu rosto tão desconhecido ao ponto de nunca se ter visto, verdadeiramente?

Haverá alguém tão incoerente como eu, que a única emoção que deseja, é exatamente a minha?! Acredito que sim, mas também suponho que «talvez não».

23-01-2013

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Distorted Disguise

Let out the anger
Your expression screams frustration
Followed by distorted movements
My silence does declare
When my voice sleeps in despair
You always remind me of someone else
Left in the past
For my dream to last

If my mind refuses to be wise
I'll be forced to walk as a disguise
I thought I was ashamed of myself
But I'm only ashamed of what surrounds me
Their known presence is too odd
It's trying to make me disappear
I leave their sight without any fear
Disclosed words
Do they even work?

I left nothing behind
Except my whole appreciation
For hating my own thoughts
I stand right here alone
Trying to figure out how this really is
My foolish reactions
Walking into the void
I'm almost feeling it
And how numb and boring it is

Stand next to me
Do you know what I'm missing?
Everything that you've already seen
Everything that I never was
The horrors of a lonely feeling
Are way over my possibility
And I ask you
Is it too much if I beg for someone's presence?

21-01-2013

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Your Mind Is Running Low, Said Grace

It starts with a slow flow
It sounds like sexual intercourse
My mind begins to crash
Disconnected vibrations all around
And I beg and I'm screaming
Spare Chaynge
The drums
The mind-blowing screams
And it laughs
And it burns
It's the complete euphoria
Everything in silence
The play has ended
The instruments have been corrupted
But my foolish mind still
Plays it with every
Portion of perfection

I present to you;
THE WRITINGS
OF TIMELESS POETS-
Above

14-01-2013

domingo, 6 de janeiro de 2013

Rays of (my) Existence

From the wombs of hell,
madness is born.
For I cannot raise myself,
I'm the unfortunate
whose life ends well.

Let the pity go,
let me be unknown,
let me be me.

Reason for something I do not wish,
or the exile for my soul
penetrating the tombs made of feathers,
the poetry written in letters,
and the lost eyes locked inside
the prison of our own mind.

Let me be
all alone.
But do not go,
unless my poetry
falls in decay.

And I wish I were sad
to explain the existence of these words.
But I am not, therefore,
their malice shall remain
truly misunderstood.

Ricardo Rodrigues
06-01-2013

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Immortalized

Awaken at the dawn
Remembering life sinking
With the sixties' psychedelic rock
And a seventies' sleepless mind
Full of vibrations
From Lennon's lysergic acid
To Barrett's creativity
And the singing tangerines
Letting me know about
Life's insanity

04-01-2013