segunda-feira, 30 de abril de 2012

Cleanness

He's my angel
He's my soul
My guardian for the road
Walk on landscapes and thrive my brain
Injection on my vein
Spineless creep heal my pain

Cry
On my shoulder
Lie
To my face
Die
I don't care

Gasoline dripping hot down my face
Melted water on my penis
Her skin was full of dirt
You're my birth

Cleanness
Cleanness

01-05-2012

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Um Estrago

Espera o mundo mudar,
Sem mexer um único músculo.
Espera o silêncio segurar,
Apenas com uma dor,
Apenas com este ardor.

Corrói o estômago,
Pestaneja o olhar,
Gritos que doem no ar,
Suspiro mas não me deixa respirar.

Não sinto certo afago,
A minha pálida estrutura
Está corrupta,
E o meu corpo um estrago.

Não tenho postura,
Corrosão que perdura
Quando a minha voz não sobressai,
Sempre que o suporte me cai,
Consigo sentir esta terrível tontura.

Temível quando perdura,
Não me assusta assim,
Talvez haja cura,
Mas será que há um fim?

27-04-2012

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Experiência de Vida

A experiência de vida é como adormecer,
É como sonhar no meio de um pesadelo,
É tudo o que nos rodeia e
É tudo o que nos transforma em seres humanos.

Com ideais que significam vida,
Que querem ser a vida,
Que não perdem um minuto
Para deixarem de ser tão perfeitos.

Os obstáculos que enfrentamos
Como pequenos que somos,
Não se tornarão importantes,
Não sem aquele ingrediente que outrora fomos.

Que não queremos deixar apimentar,
Porque a nossa vida é um grande obstáculo,
E esse sim, temos de o enfrentar
Com todas as nossas refeições inacabadas

Num ato de glória,
Com uma espada feita de madeira,
Com a madeira feita da árvore,
A glória torna-se pequena
E a árvore que nos socorreu
Ao proporcionar-nos a madeira
É maior que a própria vida,
Porque a vida nunca é muita
Se a glória for pequena.

É assim,
A vida é feita de experiência,
E eu como não tenho experiência,
Não tenho vida.
Ou então tenho e é tão pouca,
Que quase não se vê,
Ou então eu não me vejo com vida
E apenas com experiência.
E é assim, nada de nada.
Mas tenho que reconhecer uma coisa,
Que sem experiência de vida, eu estou a escrever.
Isso deve contar para alguma coisa,
Não costuma ser assim?

25-04-2012

Não é nada, mas dou-te tudo

Sabem aqueles dias em que a única forma de expressão que abunda no nosso corpo e mente é o cansaço? Expressar a nossa respiração sem respirarmos, silenciar a nossa mente até que as suas células expludam devido à corrosão da própria sanidade, talvez eu nem esteja cansado. Talvez eu esteja louco, talvez os meus pensamentos não passem de irrealidades com pó de perfeição.
Não quero tudo, pois não tenho suporte para uma carga tão enorme. Não quero nada, pois a minha capacidade de aguentar chegou ao limite. Será que desejo propriamente alguma coisa? Não será que preciso de sentir a tua pele macia, as tuas mãos criadoras de prazer, os teus lábios cheios de paixão e, por vezes, pura indiferença. Olhar que me rouba os batimentos cardíacos, aquele toque sublime que me ataca suavemente, o meu horrendo coração que se rende à tua habilidade de submissão.
Ó felicidade, a tua imaginação e vontade de realizar o inesperado é tão poderosa e magnífica.
Fico paralizado e, ao mesmo tempo, irrequieto. Sim, a irrequietude mental suga-me a inocência e nunca poderei ser curado. Porque não quero cura. Porque adoro e venero sentir a dor, o prazer, a paixão, o amor, a insanidade, a ilusão, a intensidade e o sacrifício do mundo nas palmas das minhas mãos!
E tudo isto não é mais que um mero horror divinal. Amor que sinto por ti é como o sol que nasce, como a chuva que cai e é a entrega completa do meu ser.
Eu sei que não é nada, mas dou-te tudo.

24-04-2012

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Trio de Falsidade

Passam-se anos e eu não sinto,
Caminho na rua sem realismo,
Não vou voltar ao mesmo sem intuito,
Como uma forma cruel de abismo.

Não olhem para mim,
Não sou nada do que possam imaginar.
Sou aspirante de poeta,
Sou navegante em mares ilustrados,
Sou tudo que forme impiedade por corpos avistados.
Sou perdurante no que me gasta,
Frio no meu núcleo que me arrasta.

Apenas quem me dera ser um pouco talentoso.
Não com as letras,
Mas apenas com as cordas e no meu canto silencioso,
Simplesmente com um instrumento glorioso.

Quem me dera poder,
Quem me dera ser,
Quem me dera ter,
Quem me dera dizer o que quero
Sem ser alvo de irritantes
E ignorantes.
Não paro, no entanto.
Saro, portanto.

Vestir como a manhã me quer,
Sorrir como o meu amor me pede,
Tudo o que não peço é tudo o que me dão,
É tudo o que não são.
Imparcialidade,
Realidade e amabilidade.
Um trio de falsidade.

Ricardo Rodrigues,
20-04-2012

segunda-feira, 16 de abril de 2012

A Vida É Pouca

Uma pálida rua
Numa noite que ecoa,
Dita mortalidade até à Lua,
Socorro que não se soa.

Na espera de se afogar
No seu declínio interdito,
Na paragem onde não quer parar,
Para ser naturalmente considerado
Um gigante delito.
Sobre uma minúscula veia,
Que me deixa sempre abismado.
Sobre uma complicada teia,
Serei sempre afastado.

Do mundo real,
Do mundo actual,
Do ar que nunca me deixou parado,
Do sonho que nunca me desejou mal
E das múltiplas e comuns reacções que me deixariam sedado.

Um acenar a quem não conhecemos,
Como um olhar a quem queremos.
Uma droga para curar a dor permanente,
Uma dor que não se cura infelizmente.

Silêncio que transborda da minha boca,
Fumo natural que saíra dos meus pulmões,
Tudo fez parte da chuva que caíra aos milhões.
E aos poucos a vida será pouca...

sábado, 7 de abril de 2012

Olhar e Cegar

Deixa-me olhar
Deixa-me olhar por ti
Estou amarrado ao teu coração
Estou parado perante a minha ilusão
Sou ignorante porque digo o contrário
Mesmo quando te tenho estou fascinado
Eu sei que não sou nada bom
Sei que não tenho nada que seja um dom

Leva-me para casa
Leva-me até ti
Leva-me para casa
Até ti por favor

Deixa-me cegar
Deixa-me cegar por mim
Estou amarrado ao teu coração
Estou parado perante a minha ilusão
Sou ignorante porque digo o contrário
Mesmo quando te tenho pareço afastado
Sou feito de restos e caminho de rastos
Eu sei que não tenho volume
Mas sei que preciso deste lume

Leva-me para casa
Leva-me até ti
Leva-me para casa
Até ti por favor

07-04-2012

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Ferves Em Mim, Pensamento

Não irei sentir nada
Nada sentirei por mim
Irresistível ao sonho que acaba
Por tudo sentirei o meu fim

Canta-me até adormecer
Sussurra-me por além
Acorda-me e eu vou querer
Desaparecer em felicidade que vem

Estou cansado e eu quero
Algo que me aqueça
Quero um corpo que não pereça
Um solo que me tenha belo

Um coração que não possuo
Uma arte proibida tão fria
Uma face tão robusta
Que com frieza me ajusta

E voltem-me a recitar
Poemas e palavras abandonadas
E voltem-me a cantar
Canções e letras apaixonadas
E voltem-me a chorar
Sem lágrimas caírem
Sem águas partirem
E deixem-me sonhar...