domingo, 26 de fevereiro de 2012

Expulsem-me de tudo

Por mais que nos mentalizemos que estamos realmente felizes, nunca estamos. Nunca alcançamos aquela felicidade, aquela dimensão irrealista que abunda apenas nos nossos sonhos e que são nos retirados nos pesadelos seguintes. O sonho é a sequência de algo ou de alguém desejado por nós na realidade. A realidade que nos deixa com lágrimas no rosto, perdidos sem sabermos o que fazer, com um sorriso forçado para que não consigam entender a nossa mágoa, o que nos deixou assim. E apenas respondemos: "Está tudo bem."; Aquela pergunta que nos fazem, será que estamos realmente bem? Talvez sim, talvez não, talvez nem estejamos aqui. Sim, estamos fisicamente presentes, mas a nossa mente circula pelo universo fora e esquece-se dos compromissos que temos na vida.

Volta a estar tudo bem. Os pensamentos que outrora nos atormentavam, são agora meras pétalas sem qualquer significado, sem qualquer inteligência nas suas células. São partidas sem piada, são sentimentos esquecidos e memórias perdurantes. São o que não deveriam ser, mas mais importante que tudo, são o que não queriam ser. E todos nós desejamos ser o que não podemos ser, como queremos sempre o que nunca podemos ter.

Quando me imagino nos braços de alguém que me ame de volta, apenas penso no quão feliz eu poderia ser. Só de imaginar a minha paralisação devida ao meu olhar impossível e apaixonado, que se perde naquela face tão linda e doce. O meu toque que desejo usufruir na sua pele macia, aquela urgência de querer tocar nas suas partes mais íntimas, aquele perturbante burburinho no meu cérebro que me tenta parar, mas o meu coração sendo tão forte e ambicioso, não para e continua no prazer inquestionável. E esta imaginação é apenas isso, uma imaginação impossível ou, no mínimo, incrivelmente difícil de alcançar. Eu sei. Eu sei que, por vezes, o mais difícil é mais prazeroso, o mais magnífico, o mais verdadeiro. Culpem-me, julguem-me de estar farto de correr atrás do complicado e apenas querer algo mais simples e igualmente fantástico. Força. Atirem-me as vossas maiores pedras, percam-se no tempo enquanto me tentam matar com as vossas indecentes e imperdoáveis palavras. Força, tirem-me tudo. Tirem-me o que apenas me resta.

Expulsem-me do amor, suguem-me da amizade. Alertem-me da vida.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Tu es belle

Sinto-me preso ao amor,
Platónico, digo
Ao amor, ó perdido
Meu anjo, meu esplendor
Porque estás assim, proibido?
Porque não me ecoas essas palavras,
Essas raras e eternas, mágoas?
Minha magnificência, questiono-me, a sonhar contigo,
Porquê, questiono-me, infeliz e sozinho.

Será que eras capaz de me beijar, por uma vez?
Mesmo eu não te conhecendo assim, mas desejo tanto,
Sentir esses teus lábios, esse sorriso, esse teu rosto lindo, serei eu, um cortês
Ousando a tua beleza, imaginando o teu corpo, coberto por este meu manto

Nesta cobardia, nesta imaginária saída,
Comecei a venerar a tua pele
Polida e esbelta, será que valida a minha vida?
Ó que maravilha, tu es belle.

E agora, apenas me resguardo,
Por este caminho, neste pensamento,
Nesta confusão, neste coração tão delicado
Estarei eu confuso, porque, assim, com sentimento,
Tudo isto me passa ao lado, estou aqui, intento
E isento.

Lost Child

A lost child in this world,
I am, so, tell me,
What do you want from me?
From this lost child,
Do you need protection?
Do you need comfort?
Oh, I'm sorry, but instead of my heart,
There's a deep black hole,
With no goal,
Except for destroying any particle that tries to wake me
Will you just treat me?
Please, can I expect safety from you?
Promises I don't need,
Tears I don't want,
Souls, from none I achieve,
But you, sweetheart,
You're all to be,
Come and go, like a bird, forever free

And because after all,
After all that's going on,
After all that you've been through
My inner says I would never flew,
From you, for you,
I would pour anything value
Because you deserve it, because nobody is worth your love,
Because your aura, well, it is blue
Whom message refers to something beautiful, I tell you
Do you have any clue?
Of what I'm talking about, of all these encrypted words?
It's just to tell you,
To tell you,
You're special, you're real
Can't you realize, you're making me thrill?

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Sonhei, sim

Na noite que se passou,
Tinha eu sonhado o que outrora me tomou
Fui alvo de preconceitos, e assim, apenas
Sou.

No dia anterior, caí na esperança,
Caí no sonho por inteiro, caí sim
Caí e ali fiquei, com receio da semelhança
Que me deixaria sozinho, neste jardim.

Sonhei que tinha deixado algo,
Sonhei que não tinha sido apagado,
Mas, por incrível que seja, tudo fora revelado
O meu sonho tinha sido abalado

Mais uma vez, não sinto qualquer presença
Sinto sim, a indiferença
Deste pesadelo, deste sonho afagado
Será que sonhei, que tinha sido amado?

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Esta história, que o pare! (Parte 1) [É possível que continue...]

Ele, perdidamente apaixonado pela sua musa. Cego e enfeitiçado pelo poder amoroso, abdica de todos os seus pensamentos, de toda a sua mente, de tudo o que lhe é valioso, para lhe entregar o seu coração, sem segundas intenções. Ele, prefere abdicar da sua vida a ter que viver sem a alma que lhe sugou, inseguramente, o seu coração. Ele que não sente qualquer rancor depois do sofrimento que o seu amor idealizado e conquistado lhe causou. Ele diz, com toda a certeza, que ela é a sua perfeição, a sua magnitude, a sua musa idealizada, mas ela...ela rejeita-o. Diz-lhe que sim, que o ama, muito, mas algo superior a impossibilita de o ter como dela, de o chamar por "meu amor". Ao ouvir estas amargas palavras, ele olha para baixo e nada vê. A sua vida torna-se impossível depois de tanta mágoa, tanta promessa quebrada. A sua vida é nula a partir do momento em que ela chora nos seus ombros devido à necessidade de o ter, mas não poder. Ela pede-lhe para seguir em frente, mas para nunca a esquecer. Ela sufoca-o de esperanças até transbordar. Ele não vê outra alternativa, senão abraçá-la e deixarem-se levar nos caminhos da ilusão. Uma ilusão que, talvez, um dia se torne numa verdade. Uma verdade, que, por momentos, seja uma ilusão realista.
E ela desvanece...aos poucos, no seu coração...
Mas nunca por completo.
Ele, muito esquecido, continua a acreditar no que ela não lhe diz. Perde-se naquelas palavras, naquela voz que ela outrora profetizou.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Amor...o que é?

Sim. O que é esta palavra utilizada com preconceito, sem sentimento, a cada segundo da nossa vida? Sem ternura na sua ponta, sem paixão e sem valor em si? Porquê? Porque teimam em imaginar algo inimaginável? Não estão saturados de sofrer sem realmente saber a razão do nosso próprio ser? Que ironia que nós vivemos. Que maldade nos atormenta com sabor e prazer. Que solidão, que impureza coberta por medíocres mentalidades! Raiva, possuído por raiva, eu estou! Eu estou possuído sem estar obcecado, estou obcecado sem ser infeliz, sou feliz sem ser feliz. Sou alegre por ninguém. Estou eternamente em baixo por mim. E não por ti. E volto a dizer, o amor. O amor é uma complexidade infeliz de amamentação de ilusões, que ao chegar ao fim, a sua essência ilusionista perde qualquer valor implementado. Sim, implementado, imaginado, perfeito e incompleto. Incompleto sem nada. Incompleto por nada. Incompleto neste mundo inverso.
Ó, sua indesejável mágoa, porque não paras para reflectires sobre a individualidade que causas a cada ser humano, quando o seu amor não é emocionalmente devolvido como pretendido? Está bem. Vou parar de me queixar. Vou parar de me imaginar nos teus braços. Vou parar de sonhar contigo. Vou parar de te desejar nos meus lábios secos e sem sabor. Vou parar tudo e começar nada. Vou seguir as pisadas de um mero caminhante, que outrora foi algo simbolizante. Quem? Não sei. Mas vou. Vou por mim. Vou por ti. Vou assim, sozinho e perfurador. Vou, assim, perdido nos meus desejos impossíveis, de te ter comigo, de te tocar e o meu coração alojar no teu peito. Irei, sem ti, perder-me.
E no final do dia, o amor apenas magoa e o nosso globo torna-se tão frio, que apenas conseguimos projectar frieza para quem se preocupa connosco. Ou seja, ninguém sofre com a minha frieza. Ninguém se preocupa.
Adeus, mágoa. Adeus, felicidade. Adeus, tudo. Adeus, eu.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Findo

Sou tão alma abandonada
Sou o teu mar sem margem
Sou teu na minha miragem
Sou nada por entre a dor causada

Orem por mim
Pois eu não me devo
Preciso de um sinal, pois eu estou cego
Pois eu sou do inferno
Só tu, me deixas belo
Que conspiração neste luar
Sim, eterno, sim, dois corações impossíveis
Imagino-te a galopar no selim que tanto temes
Imagino-te comigo como se nada fosse tudo e tudo fosse nada
Imagino as nossas vidas irreversíveis
Mas no final, o nada é nada e o tudo,
Bem, o tudo é mudo.

Tom simplesmente profundo
Som completamente moribundo
Cor inteiramente pálida e sem mundo
Porque me deixas cair no solo inundo,
E me afogas? Assim,
O nosso amor,
Findo, por fim, imundo.

I just wanna run away...

I just want to feel nothing, I just wanna run away, I just want to kill my inside, I just want to...I don't know. But I know I want you. This is so painful. I don't think I can take this for much longer, anymore. No, I can't. I'm not strong. I'm a weak human being. How could this happen to me, I question myself...I question you, I question everyone. How? Why? Why did this have to happen? I'm so sick of this, I'm so tired of pretending that everything's gonna be alright, everything's going to be just fine. But it's not. It won't get better as the days get older in this world. It will not be any happier as my mind struggles to survive, because my heart is already dead. If my mind gets murdered too, what's going to happen? What will my life be? It's just going to be a dark and hanged soul. My soul, or at least, it used to be mine...But it seems to be fading away, my life seems to be cursed. And everyday it gets harder, although it was supposed to be the opposite. Happiness was supposed to happen, but it didn't, it doesn't, it won't happen. And life goes on, no matter how hard, no matter how tough things get, no matter what, life, just, goes on...
Because, I just need you here. I just need to hug you and feel you. I just need to feel safe on your arms. I have nowhere to go. Please, comfort me. Please, let me be.
My face gets covered of hurtful tears every single day. And you guess why. You guess what's going through my mind. You finally get it, but maybe that's too late, now. I just got nowhere to run. If I try to scream, I'm silenced. If I try to be silent, others make me scream. So, what's going on with me? I just want one feeling in my life. It's that feeling of being loved by you. For nothing else, I just can't seem to help it. For all that matters and for all the insignificant things in this world, you're all I need.
What if, I want you back? What if, I need you to survive?
Please, oh, honey, will you come back to me? I can take "no" for an answer, but I may be dead by then.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Se te perdi...

Se te perdi, eu,
Perdi-te
Eu perdi-te, amor da minha vida,
Perdi-te com mágoa,
Perdi-te sem volta a dar,
Perdi-te pelo que é mais valioso neste mundo,
Sem ti,
Te perdi
Perdi-te, e agora
Eu pereci

Sim, pereci sem volta a dar
Que significado de morte
Solidão sem sorte
Sim, que morto está, o meu olhar

Ó, que dor,
Ó, que tortura
Que tortura esta na minha cura!
Na minha complexidade, na tua simplicidade
Ó, que ternura!
Na nossa totalidade...

Que ilusão realista

Hey, tu aí, com os cabelos escuros e pele pálida, em que estado te encontras? Que poderoso olhar é esse que me deixa a imaginar o paraíso? É a tua perfeição a tocar suavemente no meu rosto ou será apenas a ilusão que vive em mim? São respostas sem serem respostas realmente. São respostas nulas, são perguntas infinitas por defeito, são palavras imaginadas, são falsidades ilustradas. São as tuas mãos divinas, os teus dedos de Rainha, frágeis como um pequeno colar de vidro à volta do teu magnifico pescoço, esses provedores de sensibilidade que percorrem a minha coluna sem qualquer tipo de cuidado. Que peso escaldante, este, no meu corpo, estarei eu no sonho mais invejável de todos, de sempre? Será possível que este sonho seja mais quente e arrepiante que o próprio inferno em que a minha miserável vida se tornou?
Quem me dera que o seu coração estivesse igualmente a ferver em conjunto com o meu, que a cada dia que passa, está mais frio e silenciosamente moribundo. Acreditei mesmo, com todas as forças, na maior ilusão da vida: a felicidade;
É possível que a minha mente mereça ser castigada, mas por vezes penso que a dor física seria mais fácil, mais adequada de aguentar, de suportar, embora eu saiba que estes pensamentos não deixarão o meu coração sem antes magoar a minha própria salvação. A única salvação, a única e impossível liberdade, a liberdade seguida desta saudade que permanece neste enorme todo. Um globo mental a perecer, sem piedade, sem qualquer dúvida.
Estás viva? Se sim, grita o meu nome, grita por mim e devolvo-te a insanidade que nasceu contigo.
E a vida é nada. A vida é uma pequena e grande ilusão. Uma ilusão repleta de sentimentos confusos, de pensamentos irrelevantes e de almas amaldiçoadas.
A vida que vivo, com a pureza que me magoou, por ti, o meu coração não te deixou.
Sim, a vida é nada. Que vida inexistente. Está quebrada. Em múltiplas e microscópicas partículas, suas partes insignificantes.
E os pilares que suportam o meu corpo, a minha mente, a minha alma, o meu coração, estão prestes a cair, sem retorno, sem glória, sem provas reais que comprovariam a sua curta decência. A sua infalível confiança. Oh, que suicídio geral, que beleza mental.
Continuo sem saber verdadeiramente a razão disto tudo, deste mundo que sabe apenas descrever os indescritíveis.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

A tua alma, por favor.

Todos morremos sozinhos. Todos acreditamos que, depois de encontrarmos o amor da nossa vida, tudo vai mudar para melhor, tudo será perfeito, tudo será mágico e irá parecer o paraíso na Terra. Deixem-me dizer-vos que irá chegar uma altura em que toda essa perfeição tornar-se-à num doloroso e infinito inferno. Um inferno sem remorsos, um pesadelo que nos suga a felicidade por completo. Nesse momento, a partir dessa hora, tudo parece cair aos nossos pés, o mundo cai-nos em cima e nós nem nos apercebemos do perigo que é. O perigo que nos destrói, que nos faz auto-destruir como dois pensamentos incultos.
Sim, eu estou profundamente magoado, estou emocionalmente instável. Ora estou feliz, ora estou triste. Ora estou a chorar, ora estou a sorrir. A única grande diferença é que, as minhas lágrimas são sentidas. Os sorrisos já não posso dizer realmente o mesmo.
Só quero, só preciso de te abraçar, de sentir a doçura da tua pele, de cair nos teus braços e secar as minhas lágrimas na tua camisola preta. Quero que pares estas lágrimas que me infelicitam a visão, que me bloqueiam a possibilidade de ousar a tua beleza, sem segundas questões, agarra-me com toda a tua força e deixa-me pousar a minha cabeça nos teus ombros e assim poderei cheirar a verdadeira liberdade. Deixa-me sentir os teus batimentos cardíacos, preciso de pousar o meu silêncio no teu peito e finalmente conhecer a crueldade que abunda parcialmente no teu coração.
Preciso de ti, inteiramente. A tua alma, entrega-me a tua alma, pois eu nunca te abandonarei...

Yes, it's true...

Shine upon my soul
Darkness upon my heart
Sorrow on my mind, die
Please, honey, just let me cry
Cry, cry, baby, let me give up on my pride
And I'll be alone before you even try
To take my pain away, but please
Please don't leave
Or everyone I must betray
With the wind, I go
Flying like nothing, running like a winner
And finally,
Falling like a loser
You rescue me, as I'm a fish in the sea ground
Oh darling, I'm going to drawn
Human or not human

Perfect or imperfect
I don't care, not at all
But I'm a better person
When I'm with you
Yes, I love you, it's true.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

You know

And this time I have nothing to do, I'm a simple human with a complicated mind. My heart is meaningless, my words are strange, my voices are lonely. Hoping for nothing, hoping for death, hoping for life, hoping for everything and hoping for you. Yes, that's me, hoping for you.

All these things, I'm seeing
All these horrors, I'm living
All these nightmares, I'm going through,
The World and beyond
Beyond myself, yourself and them
Beyond none and foreseen
Our lives between
The lonely heart whose been damaged
The one who's been imperfectly flawless
It loves you for what matters
It hates you for everything
It wants you no matter what
But it's impossible, no more
Forever like that
I wish it was before

Oh, you there
Yes, you, with the golden smile
Come here and hold my strive
Lay your tears on my shoulder
And the pain will be over

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Isto magoa-me...

Porque me magoaste?
Porque me magoas?
Porque me partes o coração em linhas incuráveis?
Porque tenho de sentir a dor causada por ti?

Linhas incuráveis que não consigo explicar
Sem o teu carinho, receio tempos impossíveis
Receio passagens perigosas, que desejo ultrapassar
Esta justiça inacreditável, por vias temíveis

Não quero morrer nem viver
Quero existir e
Apenas prevalecer

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

fuck .

Já sei o que me espera, já sei o que não sinto
O que não quero, é o que me propões e
A salvação que te peço é impossível
Que magoado eu estou, lágrimas alastram-se no meu rosto
Como dois corações partidos afastados do seu posto

Já sei o sentimento que perdura em mim
O amor que sinto por ti
Infinito como o universo ilustrado
Nas paredes da vida, do espaço imaginário
Das minhas fronteiras assassinadas
No meu coração

Paro e não penso
Paro e não reflicto
Paro e continuo
Parado como mereço
Magoado como me entristeço
Sozinho sem quaisquer abraços
Perdido como milhões de traços
Quando os seus caminhos não me mostram os meus passos

E eu quero apenas desaparecer
Fugir e não voltar
Amar e ser amado
Para sempre continuarei a ser quebrado
Quero apenas prevalecer, falecer
Para a frente, olhar
Para trás, arder e parar
Que alma estúpida a minha
Que mente indigna a do meu ser
Sou um coração confuso
Num paradeiro, te seduzo
Assim é, sem ti, contigo

Ó Mundo, deves arder e parar
Pára de girar
Pára de começar a
Magoar quem se apaixona por quem não deve
Pára tudo, pára o tempo
Pára o sentimento, deixa-me no fundo
Deixa-me com o pensamento, profundo
Eu não sou, no entanto tenho indicado
O que não parece vivo, nasce moribundo
Como eu, não durmo
Calai-vos porque não temo o vosso terror
O terror que ferve, é falso
Apenas receio algo
Um algo sentido, sem sentido, dor

Tudo isto não faz sentido
Eu não sei o que digo
Eu sei o que penso
Não sei o que digo
Salva-me, estou perdido

Lágrimas sem água
Lágrimas por nós
Lágrimas que não pedi
Estas lágrimas são vindas de ti

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Que cansaço perfeito

Estou tão cansado
Tão cansado e parado
Parado como uma rocha no solo
Este pensamento, pára por favor
Ou não pares e prova o que é a dor

Para quê o sentido, se nós próprios não conhecemos a noção
Da realidade, da falsidade, da imaginação
Porquê a morte, se a vida é morta
E nunca volta sem todos os momentos nos tocarem à porta
A insanidade que sinto dentro de mim, anseia por projectar-se e tornar-se numa revolta
Sem fim

E o sentimento é perdurante
Como o meu olhar de alucinado
Sociopata enfeitiçado
Sou horrível e cintilante
Sem asas, sem paradas, as tuas palavras são o meu estimulante
O meu erguer, o meu cansaço, a minha ternura relevante
Serei passado magoado, serei futuro perfurado
Dai-me as tuas mãos e retira-me o sabor amaldiçoado

Novamente cansado, outrora
Fora à guerra com um coração blindado
Perdi as minhas pegadas
E não sei o que valho
Que traço profundo no meu olhar ambicionado
Serei eu um alvo do presente aperfeiçoado?
Um terror do que me deixa assim
Com um desejo do teu beijo
Que visão, que eu prevejo, que proveito
Tudo isto, que perfeito

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Mesmo que...

Mesmo que te perca,
Não te deixo, sim
Preciso do teu eixo
Mesmo que sejas silenciada,
Continuarás a ser ilustrada
Mesmo que eu sofra, na minha brisa,
Ficarás assimilada e apaixonada
Mesmo que eu diga que não
Tu darás a volta e dizer-me que são, e desliza
Mesmo que seja assim, para aqui
Mesmo que a saudade nos mate, prefiro cair do que ficar sozinho sem ti
Do que ficar a morrer nos meus pesadelos sem fim
Mesmo que me odeies, eu sou teu
Devolvo-te esse ódio com todo o meu perfil, e por mim
Mesmo que me ames, o teu lugar é meu
Mesmo que a luz se apague por instantes ao seu grupo seguidor
Voltarei para atormentar o seu causador
Mesmo que tu não sejas perfeita
E mesmo que eu não seja vivo
E mesmo que tudo isto não seja nada
Eu sou um enorme sofredor
Pelo nosso amor
Se mesmo que tudo isto seja inexplicável e sonhador
O Mundo é grande e cheio de dor

sábado, 4 de fevereiro de 2012

És essa pessoa

Os meus olhos, vermelhos, presos numa ambição impossível, visualizados e atordoados por mentes insaciáveis. Eu sou insaciável, perigoso com medo do abismo, mas não temo o que não sinto. Essa é a resposta para o meu amor por ti. Eu sinto-o. Eu vivo-o. Eu temo-o, mas nunca desisto.
Procuro apoiar-me nos teus ombros. Eu sei, não estás realmente a tocar-me, mas serei eu, um louco, por te desejar? Por desejar o teu toque, o teu cheiro, o teu cabelo, as tuas mãos, o teu corpo que me pede para o apertar junto ao meu e nos perdermos no tempo, apenas vivermos o momento? Se sim, então eu quero ser a pessoa mais louca do Universo. Quero ser malvado e perdido, perdido por ti. Quero ser o que sou.
Quero estar contigo. E esta saudade mata-me por dentro e apodrece-me por fora, no entanto o que me demonstras todos os dias é tudo o que nunca me deram. É tudo o que apenas uma pessoa alguma vez me poderá dar. Todas as palavras expelidas pela tua voz são o meu dia-a-dia. Tu és essa pessoa. És a única pessoa. O meu único e verdadeiro amor.

À procura de algo

Só por sinal
Tremo na tua solidão
Perco-me na minha revelação
Perco o momento no estado abismal
Escrevo sem palavras, as letras entendem-se na sua originalidade
Invisibilidade na visão, minha perfeição
Um símbolo por defeito
Um coração eterno, desfeito
Porquê? Pergunto eu, numa história adormecida
Numa vida silenciosa, com linhas tapadas
Com panos rasgados, com águas salgadas
No gume que criou e no fim, apenas
Desfez a linhagem sentimental
A linhagem sem retorno, sem divindade para a resgatar
Dos seus morais, dos seus perigosos e fatais ideais
Sempre assim, assim partido e perdido, assim no lago
À procura de algo

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Sentido faz-te à vida

Estou tão perdido como uma pétala a cair, levemente, até que chega ao solo e morre, sozinha, completamente sozinha. É assim a minha vida: uma grande confusão com destruição a acompanhar-me nos caminhos mais iluminados. Se eu for julgado por julgar os que me julgam, poderei eu ser julgado por quem não julga? Mas tudo isto é uma grande ironia, todo este complexo é uma ironia pura e verdadeira, pois todos se julgam, não sendo visível, mas sim perceptível. Preciso de me libertar, preciso de sentir realmente a liberdade ao meu olhar, ao alcance do meu toque! Quero morrer e voltar a erguer, quero...quero morrer e viver por dentro, quero tudo ao mesmo tempo, infinitamente, preciso de ti. A escrever sou algo nunca antes visto, dizem... Mas sem a escrita, a verdade é que eu sinto-me fechado, péssimo, vazio. E sem ti...bem, sem ti nem quero sentir. Tanta raiva, tanta paixão, tanto pensamento, tanto sentimento, tanto amor, tanto "tanto" dentro de mim, e nada parece querer sair. Meus companheiros, não querem sentir a brisa da irónica liberdade?
Um louco com ideais irrelevantes para os outros não é nada, aliás, é tudo. É tudo para si, para a sua mente, é um alimento, um fascínio sem descendentes, um declínio sem salvamento, no entanto, é um louco feliz. Feliz e triste, «sem tirar nem pôr».
Questiona-se, por vezes, se algum dia as palavras se esgotarão e ele morrerá em vão, sem nada para o proteger dos demónios que rodeiam a sociedade em que vive? E se as palavras esgotarem-se mesmo, como tanto teme? O que será da sua vida? Terá que se apoiar na pessoa que o faz mais feliz, no ser humano que ele idealiza como "perfeito", na sua Musa que nunca o abandonará.
Já temi e continuo a temer de perder o teu amor, por favor, não me deixes com a solidão. E o sentido é algo sem sentido.

Sou um prisioneiro...

Sou um prisioneiro da minha própria criação
Um prisioneiro no meu local que apodera o meu nascimento
Um prisioneiro no meu próprio crescimento

Oh, a ironia!

O parvo que em mim se tornou, é agora o parvo que muitos outrora duvidaram e julgaram e que, eventualmente, continuam a fazê-lo. Porquê? Faz-vos feliz terem um carácter repleto de preconceito, com falsidade e imaturidade até exclamar: "Chega!"? Mais parvo é o que se deixa influenciar por uma multidão de parvos que tentam dissuadir por via de infiltração mental, com o objectivo de provocar uma explosão no nosso pensamento para que as nossas células sejam espalhadas por um todo.
Um "todo" que não é realmente um todo. Um "todo" sem perfeição, mas com um aroma de artista ansiado para criar a sua própria perfeição. Uma idealização da sua própria arte, do seu domínio no mundo, nas coisas que o rodeiam, nas pessoas que o fazem feliz e nos abismos que o magoam.
Tais abismos não passam despercebidos quando as suas próprias passagens não podem ser despercebidas, não devem ser mal calculadas. A mente do ser humano (claramente, generalizada) pode ser, por vezes, comparada com a matemática. Sim, a própria matemática. Aquela matemática que tu sonhas odiar quando te puxam para a entenderes, para a explicares. Sim, essa matemática. E porque razão pode ser comparada? Posso? Se não entendemos as bases da matemática, estaremos «para sempre» perdidos e descontrolados. A mente do ser humano é «exactamente o mesmo». Se não adquirirmos as bases que nos ensinam, que nos oferecem para nós podermos agarrar quando é altura certa, então a nossa vida será simplesmente uma grande «corrida contra o tempo» e contra a orientação que «nos guia» durante o rumo que as nossas escolhas, físicas ou psicológicas, tomam, para que não sejamos trespassados como um espírito morto.
Oh, a ironia!

Sou eu, assim, indiferente e realizado

O que nos deixa perdidos, o que nos deixa a pensar, o que nos deixa a filosofar as mais terríveis filosofias da vida é o que não nos consome. Se o que não nos consome é idealizado como «nada», então o que realmente nos consome? Mas o próprio «nada» é também algo ou alguém que anseia por consumir o que o seu "inimigo" não deseja consumir.
Esse inimigo, agora, já não é pronunciado por aspas, e porquê? Qual foi a razão da sua mudança? Ou melhor, qual foi verdadeiramente a sua mudança? Apenas uns meros traços? Porque esses traços talvez sejam a sua ideologia para viver. A sua mudança foi, nada mais, nada menos, que uma não-mudança. Uns míseros traços não podem ser assim tão relevantes para categorizar o que actos descritos e indiscretos não conseguem alcançar sem serem avistados ao perto, ou ao longe. Por mais vezes que calcularem, por mais tempos que temporizarem nunca chegarão à conclusão de que a vida é uma sucessão de acontecimentos. E porquê? Possivelmente porque a própria vida é uma conclusão já realizada, desde o momento em que damos ao Mundo a provar o nosso corpo e a nossa mente até ao momento em que, eventualmente, partiremos, quebrados, com algo que nos diz: «valeu a pena».
Eu próprio fico partido com o que escrevo, por vezes, sinto-me igual e ao mesmo tempo diferente de todos e de nenhum. Sou eu, assim, indiferente e realizado.
Ah, e, nunca estou completamente satisfeito com as palavras que escrevo proporcionadas das letras que se originam através do meu pensamento, construído pela minha mente.